Feriadão de sol, eu e a amiga Doida na praia curtindo as vantagens do final de semana prolongado.
Eis que surge um sujeito estranho, muito estranho.
Todo arranhado, sujo, com cara de doidão e carregando um travesseiro em uma das mãos.
Não é que o sujeito veio e sentou bem do meu lado?
Perto o suficiente para ficar bem incomodada.
Sentou e olhou pra minha cara.
Tentei ser simpática:
"- O que você quer?"
Silêncio... Perguntei outra vez:
"Você está com algum problema? Quer ajuda?"
-Quero um cigarro.
-Não tenho. Eu não fumo.
O cara necas de sair, ou de me assaltar, sei lá.
Tava simplesmente sentado ao meu lado.
Chamei a Doida, que nem tinha notado que tínhamos “companhia" e disse " Tô com medo".
Ela levantou e foi pedir ajuda ao guarda-vidas que estava pertinho da gente.
Enquanto isso continuei tentando me comunicar com o cara estranho:
-Você quer alguma coisa?
-Quero.
-O quê?
-Te amar!
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