Wednesday, July 09, 2008

Uma louca na minha vida (título de filme a la sessão da tarde)


Se tem uma coisa de que eu tenho medo na minha linda vidinha é de pessoas loucas. Sim... Sempre tive e pra sempre terei.
Gente desequilibrada me assusta. Gente sem noção então, me faz perder o sono.
E é incrível como quanto mais você foge desse tipo de gente, mais elas são atraídas até você.
Antes de tudo preciso contar uma história de uns dois anos atrás, mais ou menos.
Um dos amigos do meu irmão ia se casar, e convidou meu irmão pra ser padrinho. Porém não havia madrinha, então meu irmão perguntou se eu poderia acompanhá-lo na cerimônia. A princípio disse que ia, sem problemas. Depois de um tempo comecei a pensar: -Pera lá! Que raios de noivos são esses que não tem nenhuma amiga disponível para o cargo. Veja bem, ser madrinha de casamento requer no mínimo uma leve intimidade com os casadoiros, coisa que eu não tinha nenhuma. Nem conhecia a noiva, e o noivo havia visto umas duas vezes e conversado pelo MSN umas três. Mostrei ao meu irmão meus argumentos mas acabou ficando o dito pelo não dito e fui ao bendito casamento. Lá não sei ao certo o que houve, mas sei que acabei escapando do compromisso de amadrinhar (existe isso?) o casal desconhecido, entretanto, que fique bem claro que sempre desejei o bem do casório e dos casados, e espero que os dois estejam felizes e que em breve tenham muitos pimpolhos correndo e colorindo sua casa. Bom, já que estava lá, acabei indo pra recepção, afinal praticamente todo o pessoal da minha rua estava presente, e confesso, me diverti horrores com todos eles. E sabe “cumé”, festa de casamento sem encher a cara não é festa de casamento.
Eu sou uma pessoa normal, sim, embora muitos achem o contrário, e conforme a bebida entra, as besteiras saem, normal, todo mundo é assim. Até que o ápice da bobice foi feita, fiquei com um garoto na festa, e vamos combinar: bebida é o embelezador universal, isso porque na real o garoto era muito meia boca, bacaninha, mas sem maiores atrativos, tipo assim (voz de patricinha) coisa pra uma noite só e só (e não esqueçam de contabilizar o teor alcoólico). Já no final da festa, com um pouco de sobriedade de volta à minha pessoa sinto um toque nas minhas costas, viro-me e uma garota me diz em tom ameaçador: -Sabia que o cara que você beijou tem namorada? Na boa, não lembro se soltei o clássico: - É memo? Ou se só dei risada. Enfim não era eu que devia ficar preocupada com os cornos alheios. Depois fiquei sabendo que a garota era irmã da noiva e que tinha agarrado meu irmão pensando que tínhamos algo juntos (sim, temos, nossos pais e toda nossa herança genética, heuehuehue). Calma queridos, sei que o texto ta ficando longo, mas não tenho como resumir o lance. Tentando abreviar então: no dia seguinte o garoto me encontrou e adicionou no Orkut, e trocamos uns quatro ou cinco recados. Umas duas semanas depois coincidiu que estaríamos no mesmo lado da cidade no mesmo dia e horário, e confesso, precisava matar hora porque meu próximo compromisso ia demorar um pouco mais. Nos encontramos, pois, e então pude constatar sobriamente os verdadeiros efeitos do álcool. O garoto era um chato, feio, bobo e com uma namorada (ou ex-namorada, anyway) no pé (e, diga-se de passagem: a garota era total desconsertada). Mas mamãe me educou muito bem, e as horas que se passaram foram, digamos, demoradas.
No dia seguinte estava eu feliz, alegre, contente e saltitante no computador, tentado terminar de escrever minha querida dissertação de mestrado quando o tal garoto me chama no MSN, com um papo no mínimo inusitado, dizendo que era melhor eu esquecê-lo, que ele tinha ficado comigo pra fazer ciúmes na doida, que não era mais pra incomodá-lo. Helloooooooooooou!!!! Eu importunando o Chiquinho da Eliana? Rááááááááá!!! Nem por decreto! Mas continuei conversando pra ver onde a conversa ia dar. E foi então que eu, muito esperta (e porque era muito óbvio também) descobri que era a maníaca em questão que havia invadido (ou coisa do tipo) o MSN do garoto. Pra resumir, depois que foi descoberta a pirada me adicionou (com o MSN próprio) dizendo que eu havia adicionado-a, e começou um papo de doido sem fim que nem compensa relatá-lo. Achei melhor bloqueá-la, deletá-la e exorcizá-la da minha vida feliz!
Pois bem, foi aí que começou a perseguição, pelo orkut (visitas diárias), ela criava contas no MSN e me adicionava com os nomes mais estranhos, mensagens no celular, e todo tipo de paranóia possível e imaginável.
Haja tempo vago pra vadiagem desse jeito, hein?
Eu ocupadíssima que sou tinha muita coisa pra fazer e resolver, tentei abstrair da melhor maneira possível, e por fim as coisas foram se tranqüilizando, e acreditei que ela havia me esquecido.
Uns seis meses depois comecei a receber diversas ligações no celular, de um número local desconhecido, ligações a cobrar, inclusive, atendia e ninguém respondia. Tudo bem, ela gosta da minha voz, mas começou a me atrapalhar no trabalho, e a lindona me ligava de madrugada até. Depois fiquei sabendo que ela havia adicionado uns amigos meus no orkut (que medoooo!). Numa noite de sábado estava numa festa e o celular começou a tocar. Não me fiz de rogada, passei o número pros amigos próximos e pedi que eles ligassem, e a cretina passou a madrugada toda sem dormir. Humpf! (eu sei ser malvada também)
Depois de mais um bom tempo de calmaria eis que a lorpa se lembrou que existo, e todos os dias têm o seu nominho nas visitas recentes do meu profile do Orkut.
Ai ai... É duro ser pop, requisitada, essas coisas, mas na boa, me deixa em paz. Me esquece. Tudo bem que deve ser difícil, pois carregar um corno não deve ser fácil, mas juro por essa luz que me ilumina (DRAMA MODE ON) que não tive culpa, e se você é dessas pessoas que precisa desesperadamente de um culpado coloque-a no pacóvio do seu namorado (ou ex-namorado, anyway), mas me deixa em paz! Sério! Seu desequilíbrio me assusta, e daqui a pouco não vou mais conseguir sair na rua tranqüila, sem conseguir parar de pensar que a qualquer momento alguma louca, demente, alucinada vai me atacar com um guarda chuva (ou quem sabe algo pior, sabe-se lá, pessoas loucas são tão, tão, tão... loucas).
Deixa ver: fiz uma introdução, fiz a contextualização histórica, fiz o apelo, usei um tanto de ironia e sarcasmo, xinguei sem usar palavras de baixo calão, só falta concluir, só não sei como.
Bom, como o Drama ainda se encontra em MODE ON vou apelar mais um pouquinho: Me deixa em paz! Give me alone!! Please, don´t kill me!!!!! (plagiado de filmes de terror de adolescentes).
Ok é isso. Pronto Fran, você ganhou um texto bem grandão no meu blog, espero que você esteja e seja bem feliz. Agora vai ali procurar o que fazer, já minha vida deixa comigo, pois estou fazendo o máximo pra ser o mais feliz possível.

Beijosmeesqueceenãomeliguemaisprincipalmenteacobrarcretina!

* Terapia ocupacional, trabalho voluntário, regressão, psicoterapia e psiquiatria, com tratamento a base de remédios controlados costumam ajudar (e muito) nestes casos. Pense nisso.

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