Wednesday, August 06, 2008

Montecchios Vs. Capuletos


Quando estava na oitava série, o professor de português pediu para que lêssemos Romeu e Julieta. E por alguns pontos extras ensaiamos e apresentamos a peça.
Rodrigo Alexandre foi escolhido como Romeu, e para minha surpresa fui designada a dar vida a Julieta.
As meninas morreram de inveja. Porém, eu pensava diferente. Falei para o professor Vitorino que Julieta não passava de uma tola.
Veja bem, se apaixonar por alguém que ela não poderia ter. Logo, ela mereceu tudo o que se seguiu: venenos, adagas, mausoléus. Definitivamente ela mereceu.
O professor me disse então que ambos tiveram sorte de se encontrar, e a paixão (e todo o resto) foi obra do destino.
No auge dos meus treze anos tinha plena convicção que o amor, assim como a vida, são resultados das nossas escolhas, e não de um fatídico destino. Disse pro professor, meio que em tom de promessa, que jamais deixaria que o tal destino guiar minha vida, e que esta seria resultado das minhas escolhas. Jurei ainda que jamais um homem ia desestabilizar a ordem do meu cotidiano, e que amor que faz sofrer não é amor de verdade.
Ele me respondeu que se um dia encontrasse um amor como o dos personagens ia mudar de idéia, conhecer a verdadeira dimensão do amor, e que iríamos ficar juntos pra sempre.
Ainda hoje acredito que a vida é resultado das suas escolhas, entretanto confesso, o destino pode ganhar algumas vezes.

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