Saturday, June 23, 2007
PAPEL VELHO
Sempre passava por lá mas nunca tinha parado.
Nessa correria, achei um tempo e acabei parando.
Trata-se de um mini-sebo espetacular com um vendedor figura a vida toda.
Levei pra casa um livro muito, mas muito velho.
Adoro livro velho, com marcas, coisinhas escritas e cheiro de papel velho.
Parece que tem mais vida que livro novinho.
Melhor ainda: o português do livro é da idade da pedra.
Muito gostoso ler coisas do tipo "copo d'água crystallína" ou "distrahidamente" ou ainda "physionomia sympathica e distincta".
O livro é o máximo.
Agora carrego meu novo livro velho pra todos os lugares.
Até pra praia ele já foi.
Adorei esse livro.
Sunday, June 17, 2007
E VIVA O FINAL DE SEMANA...






Que na minha terra pode ser a fruta ou a fofoqueira, mexeriqueira.
Bom mesmo é pegar mexerica do pé - depois do almoço daquele dia frio pra caramba - descascar com todo cuidado e espremer a casca sob a chama de um fósforo, queimando a mão, a franja, os cílios, a sobrancelha e o amigo mais querido.
E eles: Só na forma de churrasco.
Eu estava feliz da vida. Afinal estava revendo uma amiga dos tempos do colégio que eu estava há muitos meses sem ver. No auge da minha empolgação, pergunto: "Como vai o Tobias?"
Inclusão social
Conversa de doido
Por muito tempo tive a fantasia de que eu tinha que ser muito perfeita.
Tuesday, June 12, 2007
Dia do Mimimi...

Quando tinha uns 16, 17 anos tinha uma amiga, aliás, uma super amiga (ainda vou escrever sobre ela) que quando chegava o dia dos namorados surtava. E acreditem, quando falo que ela surtava estou me referindo a forma de surto mais terrível que você possa imaginar
Ela chorava, ficava deprimida, se matava de tomar sorvetes. E eu, como uma boa amiga lhe fazia companhia. Chegava na sua casa e a encontrava num estado deplorável, de moletom, descabelada, com a cara inchada. No fim falávamos tantas besteiras que ela acabava por se esquecer que estava só e abandonada nesse dia meramente comercial sem significado algum.
Enfim, lembrei disso agora porque constatei que nos últimos seis anos não passei nenhum dia dos namorados sozinha. Se isso é bom ou ruim eu não sei ao certo. O que sei é que ando realmente sem paciência pro tal de mimimi, nhenhenhe e afins. E Deus, como eu tento ser diferente! Mais doce, mais suave. Mas admito que não estou conseguindo. To sem saco pra pegação, melação, mimimi mesmo, saca?
Preciso muito mais de amigos do que um namorado. Não gosto de ficar dando satisfações da minha vida seja lá quem for. Sou mutante, lembra? Tenho vontades loucas e súbitas. Sou mal humorada, ando um tanto quanto chata com as pessoas. Algumas pessoas me cansam. Não carrego samambaia, não sou xaxim. Não tenho tempo pra namorado. Nem paciência.
Embora sinta falta de alguém que diga que estou bonita, ou repare no meu cabelo. Alguém que eu possa dar uns tapas de vez em quando (brincadeira) e morder e beliscar (Felícia total).
E como este ano não terei despesas extras com presentes caros pro digníssimo resolvi fazer um agrado a mim mesma...
Comprei minha máquina fotográfica profissional, ultra cara, mega hipe, e quer saber, acabei constatando que sou a melhor namorada que alguém poderia desejar no mundo todinho.
I love myself!
**mimimi é um termo que descobri ser muito utilizado por curitibanas, e que significa melação, frecurinhas, apelidinhos, essas coisas. E eu achando me achando criativa... Humpf! E já estou ficando de saco cheio de mimimi, seja do ato de mimimi ou o termo mimimi. Nhé!**
Sunday, June 10, 2007
Dá pra pagar no cartão?
Ok concordem comigo: ir ao banco é uma coisa deveras chata. Acrescente então ir ao banco numa segunda feira pela manhã, adicione um frio descomunal, uma fila gigantesca, e muitos, muitos velhos. Tá, chamar de velho é pejorativo, muitos, muitos idosos...
Maravilha hein? Praticamente uma sucursal do inferno. Mas como se não bastasse todos esses elementos que faziam com que aquele resquício de bom humor, que eu tentava desesperadamente cultivar e multiplicar, fosse dizimado os idosos começam a reclamar da fila, isso que eles já estavam em fila exclusiva, com dois caixas exclusivos. Nhé!
Mania chata essa de velho reclamar de tudo, de achar que estão sempre em desvantagem, que velhos devem morrer. Detesto do fundo do meu coraçãozinho pessoas assim. Não quero ser uma velha chata, prefiro o poço de piche. Alias, poço de piche devia ser lei.
Perua
Namorado, pai, analista, melhor amigo, irmão, caso, cunhado, médico, desconhecido, pedreiro...
Nenhum homem tem tanto poder para aumentar a auto-estima feminina quanto o cabeleireiro.
Eu não pago pelo corte, pago pelos elogios convincentes
FILOSOFIAS
QUANDO ADMITIR QUE SE ESTÁ FICANDO VELHA
Momento Surreal
No meio da noite, durante a mesma festa, saindo do banheiro você da de cara com um garoto, ele te olha e pergunta:
- Você não tem a sensação de que tudo está errado?
Estranho, uma pergunta, no meio da balada, 3 horas da manhã e eu não consigo parar de pensar nisso.
Às vezes eu acho sim que tudo está errado.
E pra fechar o feriado-ado-ado, divertam-se:
http://www.youtube.com/watch?v=XU2EtLHVoiI&NR=1
http://www.youtube.com/watch?v=iV6DQuEh4UQ
http://www.youtube.com/watch?v=ZCYaw5tGYAs&mode=related&search=
Thursday, June 07, 2007
Feriado-ado-ado...

Pessoas ótemas num final de noite no Jabuti. Siiiim, a vida é dura, pra quem é mole! Rá! =p
As coisas acabam se ajeitando, de um jeito ou outro, pequenos problemas do dia-a-dia, mas que acabam por dar temperos exóticos à essa nossa vidinha mais ou menos.
Enfim, tudo isso pra dizer que está tudo bem, e eu me encontro feliz, alegre, contente e saltitante.
Observações importantes:
1) Amizades antigas ás vezes precisam de revisão. Igual a carro sabe? Chega um dia que é preciso trocar o óleo, dar aquela geral. Daí sim, mais 50.000 km pra serem rodados bem bacana.
2) Siiiiim, existe gente bacana solta por aí. É só uma questão de sorte pra você esbarrar em gente ótema, que fazem de uma véspera de feriado um encontro deveras maneiro, saudável e descontraído.
3) Nada como um bom plano de fuga e morangos pra descontrair.
4) Eu só acredito em horóscopo quando ele diz exatamente o que eu queria que disesse. Funciona também para religião, taxistas, vendedores, amigos, parapsicólogos, jornais, livros, revistas... ad infinitum.
Coletânea
Daí eu esqueci de tirar as lentes de contato antes de dormir. Acordei e achei que estava curada.
conversa pelo msn
"você é o random, eu sou o repeat. "
"Existem Elvis e eu. Não poderia dizer qual dos dois é o melhor". Liam Gallagher, sobre sua performance no palco. Acho que não merece comentários.
"-Tá pronta, Mu?
"Guria, você é estranha. Eu vou embora". (Não se fazem mais cantadas como antigamente.)
"As coisas dão errado até darem certo". Mariana Fedatto Abelha
Mágico de Oz: Troco cérebro por coração. Tratar aqui.
Sabedoria C&A: "All you need is love and gim and tonic". Numa camiseta de R$ 15,90. Mais barato que auto-ajuda.
Mais de 30 horas de sono e três latas de leite condensado transformado em brigadeiro melhoram qualquer humor.
"Mulher que não tem celulite não se pode comer que é crime. Elas tem de 0 a 14 anos." por Daniel Dias
Eu não tenho tempo pra ficar estressada!"
É isso crianças...
Saturday, June 02, 2007
A menina dos sensos...
O comum, o crítico, o de humor, o do ridículo, o bom senso e o de direção.
Eu tenho o de humor, não gosto do comum e tenho o crítico.
Perdi há muito tempo o do ridículo e nunca tive o de direção.
O bom me falta com freqüência, mas está guardado aqui.
Creio que o senso de humor está devidamente justificado e o comum acaba de ser nocauteado. Não?
Tenho também a versão corporativa de mim mesma, adquirida/criada/percebida durante dinâmicas e processos de seleção na tentativa de ser uma profissional bem sucedida.
Me chamo Mônyka, sou formada em biologia.
Minha maior qualidade é a capacidade de adaptação e o meu maior defeito é o sarcasmo.
Se eu fosse um animal seria uma suricata, se fosse uma comida seria sorvete de creme com amoras flambadas com licor de cassis (respire e faça hummm), e se eu fosse candidata a miss diria que meu livro preferido é o Pequeno Príncipe.
Esqueci do bom senso de novo.
Não posso me definir porque sou mutante.
Neste exato momento sou uma jovem bióloga que recentemente terminou o mestrado e quase morreu duas vezes em menos de seis meses (censura minha para o blog).
Me considero capaz, inteligente e mereceria uma oportunidade apenas por tamanha falta de modéstia.
Supondo que isso não seja suficiente, explico o que me atrai: aprender (veja só, um clichê). Aprender que clichês não são bons em textos, embora muito eficazes.
Aprender a lidar com informações no dia-a-dia, descontextualizá-las, investigar, escrever e tentar contextualizar tudo novamente.
Eu gosto da visão de mundo que a vida pode me dar.
Gosto da necessidade da informação e de assumir a responsabilidade de ajudar os cidadãos a formarem sua visão de mundo, a decidirem seus governos, programação de cinema, cores de camisas. Tecnologia, fios, cabos, namoros, genes, doenças, extravagâncias, misérias, cotidiano e extraordinário, quero tudo.
Quero conviver com tudo isso, trabalhar com tudo isso.
Nem que seja pra dividir com amigos numa mesa de bar, numa noite de sexta-feira qualquer.
Chegamos agora ao clichê número dois: sou inquieta.
Dá muito trabalho viver com as coisas sem saber o porquê.
Assim, prefiro descobrir “ainda que tenha que guardar a sete chaves (clichê 3)” os porquês das coisas ao meu redor do que simplesmente me conformar com elas.
Não espero mais conseguir mudar o mundo, mas isso não vai me impedir de tentar.
Quero mostrar que na nossa aldeia global (obrigada, Mc Luhan) alguns vivem nas mansões dos caciques e outros são obrigados a morar longe da sombra das grandes árvores.
Ensinar estes a plantar árvores e mostrar àqueles o que fingem ignorar.
”Eu gosto é do estrago”. (Rodrigo Amarante).
Ando Amélie Poulan ao extremo ultimamente, e confesso, embora isso torne meus dias mais leves, tenho ficado irritada com esse sorriso bobo que trago na cara, mesmo em dias terrivelmente conturbados.